O Benfica informou hoje que vai marcar presença na ‘final four’ da Taça da Liga de futebol, em Leiria, apesar dos vários casos de infeção com o novo coronavírus, que provoca a covid-19, que afetam a equipa lisboeta.
Em comunicado emitido no sítio oficial, o clube da Luz, que defrontam na quarta-feira o Sporting de Braga, nas meias-finais, confirma a presença, “com a ambição de vencer a prova, à imagem do que acontece em todas as competições que disputa”.
“Após ter exposto publicamente, de forma cautelar e transparente, o aumento de casos de covid-19 na sua estrutura profissional, não recebeu por parte das autoridades competentes – DGS [Direção-Geral da Saúde] e Liga de Clubes – qualquer recomendação contrária às regras até agora vigentes nas competições nacionais. Ou seja, proceder ao isolamento dos jogadores que testaram positivo e incluir no lote de atletas à disposição da sua equipa técnica todos aqueles que testaram negativo, 48 horas antes da partida”, refere o Benfica.
Perante as dificuldades, os ‘encarnados’ destacam o “inabalável espírito de grupo e tenacidade” do plantel, que possibilita à equipa “marcar presença amanhã [quarta-feira] na meia-final da Taça da Liga, com o desígnio de vencer um troféu que já conquistou por sete vezes”.
Por outro lado, o Benfica manifestou que tem cumprido “escrupulosamente” as normas e recomendações das autoridades competentes e revelou que, “ao longo da época, realizou mais de 7.000 testes SARS-CoV-2 a todos os elementos da sua estrutura profissional”, algo que “se situa claramente acima das orientações da DGS e do que se encontra estipulado pela Liga de cubes”.
Na quarta-feira, o Benfica defronta o Sporting de Braga, nas meias-finais da Taça da Liga, a partir das 19:45, em Leiria, num encontro no qual não poderá contar com Gilberto, Vertonghen, Grimaldo, Diogo Gonçalves e Luca Waldschmidt, os mais recentes casos positivos ao novo coronavírus no plantel.
Já hoje, o clube tinha informado terem sido detetados 17 casos de infeção pelo novo coronavírus entre jogadores, equipa técnica e ‘staff’ no decurso dos testes de despistagem realizados desde sábado, e entre os quais o caso positivo do presidente Luís Filipe Vieira.
Os ‘encarnados’ cancelaram a conferência de imprensa de antevisão do jogo com os minhotos, que estava marcada para hoje, e disseram aguardar uma decisão da Direção-Geral da Saúde (DGS) relativamente à participação da equipa nas competições de futebol.
“O Sport Lisboa e Benfica comunica que, no decurso dos testes realizados desde sábado no Seixal, foram detetados 17 novos casos de covid-19 entre staff, equipa técnica e jogadores. Perante estes dados, na defesa da saúde pública e da integridade física dos atletas envolvidos, o Benfica remete para a DGS a decisão de se apresentar em competição nos próximos 14 dias”, pode ler-se na nota publicada hoje no sítio oficial dos ‘encarnados’.
Na segunda-feira, a comunicação social portuguesa deu conta de vários casos de infeção nas ‘águias’, nomeadamente do avançado alemão Luca Waldschmidt, dos treinadores-adjuntos João de Deus, Pietra e Fernando Ferreira e do diretor Luisão, acrescentando que os brasileiros Gilberto e Everton Cebolinha cumpriam isolamento.
No calendário do Benfica para os próximos 14 dias, além da meia-final da Taça da Liga, em Leiria, onde poderá ter de disputar a final da prova, no sábado, incluem-se também os jogos em casa com Nacional (15.ª jornada da I Liga) e Belenenses SAD, para os quartos de final da Taça de Portugal, e a visita ao Sporting (16.ª jornada).
De acordo com o plano de retoma do futebol profissional, “os atletas e equipas técnicas da equipa na qual foi identificado um caso positivo podem ser considerados contactos de um caso confirmado”.
“No entanto, a identificação de um caso positivo não torna, por si só, obrigatório o isolamento coletivo, das equipas. A determinação de isolamento de contactos (de praticantes e outros intervenientes), a título individual, é de estrita competência da Autoridade de Saúde territorialmente competente”, acrescenta o mesmo documento da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).
Este plano, que vigora desde 07 de setembro de 2020, determina que todos os infetados, sintomáticos ou não, devem ser isolados, “ficando impossibilitados de participar em treinos e competições até à determinação de cura deliberada pela Autoridade de Saúde territorialmente competente”.
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