A Câmara Municipal de Várzea Grande realizou, na manhã desta quarta-feira (29.03), uma audiência pública para debater a implantação de uma Delegacia Especializada em Defesa da Mulher, da Criança, do Idoso e do Adolescente. O requerimento para a realização do debate foi proposto pela presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres, a vereadora Rosemary Souza Prado – Rosy Prado (UB).
Em uma das suas falas, Rosy Prado relata que a população várzea-grandense merece ser olhada com mais atenção pelo Governo de Mato Grosso. “Já fizemos esse debate antes, porém o nosso município continua sendo esquecido pelo Governo. É inadmissível, é falta de respeito com as várzea-grandenses violentadas terem que ir em Cuiabá para ter esses atendimentos”, relata Prado.
Durante a audiência, a vereadora também cobrou o chamamento dos aprovados do concurso público da Segurança Pública para aumentar o efetivo das forças policiais, principalmente para atender os casos de violência doméstica. “Como presidente da Comissão de Defesa Dos Direitos das Mulheres, acompanho o glorioso trabalho da Polícia Militar e Civil, porém falta efetivo e melhores condições de trabalho para desempenharem um trabalho mais intensivo nessa área”, destaca a parlamentar.
Prado também sugeriu que houvesse um convênio entre Prefeitura e Governo de Mato Grosso para que técnicos legistas da Polícia Técnica (Politec) fizessem atendimentos 24h de exames de corpo e delito para os casos de violência sexual e de violência doméstica no Pronto-Socorro de Várzea Grande.
A delegada da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso – da Polícia Judiciária Civil, Mariell Antonini Dias, lembra que Várzea Grande conta com apenas seis policiais civis atuando na delegacia. “Nosso efetivo é baixo, fora que a nossa delegacia também abrange o município de Nossa Senhora do Livramento. Frequentemente, muitos dos nossos policiais ainda são deslocados para operações em outros municípios”, lembra a delegada.
A vereadora Eucaris Terezinha de Barros – Professora Eucaris (MDB) lembra que as mulheres de Várzea Grande sofrem uma dor ainda maior sendo desamparada pelo Estado. “Imagina o sofrimento dessas vítimas, sendo violentas em casa. Logo depois, elas têm que ir para o Jardim Imperial, em Cuiabá, para fazer os exames necessários. Nós, vereadores e demais autoridades presentes devemos lutar para que os direitos dessas pessoas sejam garantidos”, disse a vereadora.
A vereadora Gisele Aparecida de Barros – Gisa Barros (UB) falou sobre a importância de conscientizar crianças e adolescentes sobre violência doméstica. “É fundamental que ensinamos às nossas crianças, principalmente os meninos para não serem futuros agressores. Por isso, apresentei a lei que torna obrigatória no currículo escolar a disciplina ‘Lei Maria da Penha’. Também elaboramos a lei que cria ações conscientizadoras nas escolas municipais para meninos e meninas”, relata Gisa.
FONTE: http://www.camaradevarzeagrande.com.br/
