Após assassinatos, Botelho e Janaína apresentam projeto que torna Botão de Pânico obrigatório em carros de aplicativo

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Os parlamentares atenderam a reivindicação dos representantes do Sindicato dos Motoristas de Aplicativo para adoção da medida de segurança

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União), apresentou um projeto de lei em coautoria com a deputada Janaina Riva (MDB), na manhã desta quarta-feira (17), que dispõe sobre a obrigatoriedade para que as empresas de aplicativo de transporte forneçam o Botão do Pânico aos motoristas. A medida prevê ainda que as empresas exijam cadastramento prévio com foto do titular da conta e do cliente que fará uso do serviço de transporte, mediante autenticidade da foto.

A proposta foi apresentada durante a sessão de hoje, logo após Botelho e Janaina se reunirem com representantes do Sindicato dos Motoristas de Aplicativo de Cuiabá, Solange Menacho. A medida com relação ao botão do pânico é uma sugestão da própria categoria, que também levará a demanda ao secretário de Estado de Segurança Pública, coronel César Augusto de Camargo Roveri, em uma reunião marcada para quinta-feira (18), às 10h.

Botelho se comprometeu também em além da audiência com o secretário, também buscará uma agenda com o comandante da Polícia Militar, coronel Alexandre Mendes, além de encontro da categoria com o governador Mauro Mendes (União).

Vamos trabalhar de todas as formas para garantir a segurança de todos os motoristas, para que o crime como esse não ocorra mais, para que as famílias não passem por isso, um crime horrendo, como esse”, afirmou o parlamentar.

A deputada Janaina Riva destacou que a medida do Botão do Pânico já é uma realidade em outras cidades e tem dado bons resultados. Ela defendeu a proposta e acredita que o projeto deva ser aprovado na Assembleia Legislativa.

De acordo com a presidente do Sindicato, Solange Menacho, o Botão de Pânico reduziu em até 42% os índices de violência em outros Estados depois de implantado.

Solange agradeceu o parlamentar pelo apoio com as audiências com as autoridades políticas do Estado, mas destacou que a categoria precisa de mais segurança. “Precisamos de algo que venha trazer a certeza de que o motorista possa voltar para casa. Porque hoje é a certeza de que vamos sair, mas não temos certeza de que voltaremos”, declarou.

A sindicalista lamentou o fato de que precisou que três vidas fossem ceifadas para que medidas fossem tomadas para dar mais segurança, mas destacou que a proposta apresentada por Botelho já é um começo. “Espero que seja aprovado e tenhamos a certeza de que vamos sair para trabalhar e se precisar da força da polícia, ela estará do nosso lado, para evitar tragédias como essas. Esperamos que esta medida já comece a surtir efeito ainda este ano”, afirmou, lembrando que os motoristas trabalham diariamente com medo e a situação ficou ainda mais preocupante após essa barbárie.

Botelho também adiantou que na reunião com Roveri vai aproveitar para pedir o reforço do efetivo, isto porque, segundo Solange, outra dificuldade que os motoristas enfrentam é a demora para conseguir auxílio de uma equipe da Polícia Militar. A própria presidente do Sindicato disse ter sido assaltada em novembro do ano passado e foi resgatada por colegas de profissão, tendo que ir até a delegacia registrar a ocorrência.

Manifestação

A presidente do Sindicato também aproveitou para convocar a sociedade para participar de um ato que será realizado nesta quarta-feira (17), às 16h, em que os motoristas vão parar e fazer uma carreata na cidade, começando pela Prainha, em frente à sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, em seguida passarão pela Getúlio Vargas, seguindo para o Centro Político Administrativo, onde vão encerrar o protesto.

Moção de Pesar

Elizeu Rosa Coelho, de 58 anos, Marcio Rogerio Carneiro, de 34 anos, e Nilson Nogueira, de 42 anos, foram brutalmente assassinados por três jovens, sendo dois deles menores de idade, com 15 e 17 anos. O deputado Eduardo Botelho também apresentou uma moção de pesar pela morte dos três trabalhadores e lamentou a morte deles.

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