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Após alta hospitalar, estudo aponta 25% dos pacientes intubados por Covid -19 morrem por sequelas.

Segundo dados preliminares do estudo Coalizão, conduzido por seis dos principais hospitais brasileiros e dois institutos de pesquisa, em média 25% dos pacientes graves de Covid-19 que precisaram ser intubados morrem no período de seis meses após a alta hospitalar.

O período é de seis meses após a alta hospitalar, um em cada quatro pacientes graves de Covid-19 que foram intubados acaba morrendo. Entre os internados que não precisaram de ventilação mecânica, a taxa de mortalidade é de 2%.

“O problema não acaba quando o paciente sai do hospital e agora temos um contingente absurdo de pessoas com sequelas de uma doença aguda que antes não tínhamos na sociedade. Falta de ar, por exemplo, é super comum, mesmo em casos que não eram graves”, afirmou Alexandre Biasi, diretor de pesquisa do Hospital do Coração (HCor) e membro da Coalizão Covid-19 Brasil.

Os primeiros resultados do estudo envolveram 1.006 pacientes. A idade média dos participantes é de 52 anos, e o tempo médio de hospitalização foi de nove dias e os participantes são pacientes internados nessas instituições. São monitorados por ligações telefônicas a cada três, seis, nove e 12 meses após a alta hospitalar.

Entre as sequelas mais frequentes entre os curados estão: ansiedade (22%), depressão (19%) e estresse pós-traumático (11%).

As instituições que formam o grupo Coalização são os hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio-Libanês, Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa e os institutos Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet).

Os resultados preliminares são do estudo 1, conduzido por oito hospitais de excelência do Brasil e institutos de pesquisa, que avalia a qualidade de vida e os desfechos de sobreviventes de hospitalizações por Covid-19.

No estudo os pesquisadores investigam, por exemplo, se eles foram reinternados por alguma razão, se sofreram eventos cardiovasculares e falta de ar e se voltaram ao trabalho e às atividades habituais.

Os dados já disponíveis mostram que, no período de seis meses, a taxa de nova hospitalização geral desses pacientes foi de 17%. Entre os intubados na primeira internação por Covid, 40% tiveram que ser reinternados.

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