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Após 28 anos na direita, Emídio de Souza, líder do movimento habitacional, sinaliza ir para a esquerda

O líder comunitário cuiabano, Emídio de Souza, presidente da Associação Comunitária de Habitação do estado de Mato Grosso (ACDHAM – MT), rompeu o silêncio que guardava há décadas.

Expressando profundo descontentamento com seu atual partido, (UB) União Brasil (antigo PSL), o fundador partidário, Emídio desabafou sobre a falta de reconhecimento após 28 anos de incansável militância pela nobre causa da moradia popular.

Ao longo desses anos, Emídio se dedicou incansavelmente à defesa da habitação popular, regularização fundiária e à garantia de alimento na mesa daqueles menos favorecidos. Contudo, sua contribuição não foi devidamente reconhecida pela elite política da qual faz parte.

“Fiquei 28 anos com esse pessoal da direita, todos do mesmo grupo político. Não interessa ajudar o próximo, diferente do PT, que defende que a bandeira deles é o povo humilde. Eu vinha remando contra a maré e sofri muito”, desabafou Emídio, revelando a sensação de se sentir esquecido e rejeitado pela elite política que, segundo ele, não abraça a verdadeira causa popular.

Hoje, com autoridade e respeito conquistados à frente da causa da moradia, Emídio sente que seu trabalho não foi reconhecido pelo atual governo e partido. “Elegemos presidente Bolsonaro, governador Mauro Mendes, uma bancada forte de direita no Mato Grosso e nada adiantou”.

O líder da ACDHAM destacou a falta de preocupação do poder executivo com a população e apontou a necessidade de um novo capítulo em sua trajetória política. “Eu tenho convites das lideranças do PT e analisarei o convite para filiar-me. Chegou a hora de dar um basta e seguir em frente, atendendo efetivamente os humildes, algo que, na direita, sempre foi uma luta solitária”, concluiu Emídio de Souza, dando um grito de libertação e um desabafo revolucionário dentro da direita, um grito entalado na garganta por quase três décadas.

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