Analistas cortam recomendação para ações da Petrobras

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Analistas cortam recomendação para ações da Petrobras
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Silva e Luna quer “buscar equilíbrio” para política de preços
Ueslei Marcelino – 19.02.2021/Reuters

Analistas de mercado rebaixaram suas recomendações para as ações da estatal Petrobras nos últimos dias, após o presidente Jair Bolsonaro ter http://noticias.r7.com/economia/bolsonaro-anuncia-troca-do-presidente-da-petrobras-20022021″>anunciado na sexta-feira (19) a indicação de um novo presidente-executivo para a companhia.

Bolsonaro disse que pretende nomear o general Joaquim Silva e Luna como novo presidente da Petrobras ao final do mandato do atual chefe da estatal, Roberto Castello Branco, em 20 de março. O movimento veio na sequência de https://noticias.r7.com/economia/queremos-diminuir-os-impostos-sobre-combustiveis-diz-bolsonaro-08022021″>reclamações do presidente sobre o executivo devido aos preços dos combustíveis.

A XP Investimentos cortou a recomendação para os papéis da Petrobras de “neutro” para “venda” no domingo (21), em relatório sob o título “Não há mais como defender”. No documento, a instituição https://noticias.r7.com/economia/economize/acoes-da-petrobras-sao-rebaixadas-e-corretora-recomenda-venda-21022021″>revisou o preço dos papeis PETR4 e PETR3 para R$ 24.

Leia mais: https://noticias.r7.com/brasil/mesmo-apos-indicacao-bolsonaro-nega-interferencia-na-petrobras-20022021″>Mesmo após indicação, Bolsonaro nega interferência na Petrobras

O BTG Pactual rebaixou a recomendação para “neutra”, enquanto o Bradesco reduziu para “underperform”. O Credit Suisse baixou a recomendação para “underperform” e reduziu pela metade o preço-alvo para os papéis, de R$ 16 para R$ 8, citando “muitas incertezas”.

O indicado para a Petrobras, Silva e Luna, falou no fim de semana em “buscar um equilíbrio” para a política de preços da estatal, citando interesses de acionistas, mercado e do “povo”, devido ao impacto dos preços sobre a cadeia produtiva.

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Analistas da XP ressaltaram a sinalização negativa com o anúncio de Bolsonaro sobre mudança no comando da companhia, mesmo ainda sem saber que novidades Silva e Luna trará.

“O que importa em nossa opinião é a mensagem que está sendo transmitida ao mercado: está se tornando cada vez mais difícil do ponto de vista político para a Petrobras implementar uma política de preços em que os preços dos combustíveis variam de acordo com as variações dos preços do câmbio e do barril de petróleo (principalmente no caso do diesel, dadas as pressões da categoria dos caminhoneiros)”.

Analistas do Itaú BBA colocaram a recomendação para os papéis da estatal “sob revisão”, citando uma sensação de “déjà vu” e apontando que “mais uma vez, o governo interveio” nas políticas da petroleira.

Em relatório, o time do Itaú BBA lembrou que a Lei das Estatais (13.303/2016) e o estatuto da Petrobras deveriam blindar a empresa de uso político, o que sujeita a empresa a riscos de processos caso suas operações sejam tocadas em desacordo com seus interesses econômicos.

“O novo estatuto foi aprovado no final de 2017, e seu potencial descumprimento poderia elevar riscos de litígio para a companhia e seus representantes.”

Eles ainda calcularam que operar com preços dos combustíveis abaixo da paridade internacional poderia gerar fortes perdas para a Petrobras em 2021. Elas seriam de US$ 1,8 bilhão caso as cotações ficassem 5% abaixo da paridade, e de US$ 5,4 bilhões se houver descompasso de 15%, com impacto sobre a alavancagem, que aumentaria.

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