Alunos de especialização em hansenologia da SES examinam reeducandas de MT.

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A Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) ofertou exames para o diagnóstico precoce de hanseníase em 100% das reeducandas da penitenciária feminina Ana Maria Couto May, localizada em Cuiabá. Ação foi realizada durante o módulo de práticas de campo do curso de especialização em hansenologia, ofertado pela Escola de Saúde Pública (ESP-MT) em parceria com Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH).

Um total de 19 médicos que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) de Mato Grosso são alunos da pós-graduação. Na última semana, eles visitaram a unidade prisional e, no local, realizaram exames clínicos e coleta de material biológico para investigação laboratorial.

Para a diretora da ESP-MT, Silvia Tomaz, é imprescindível o trabalho intersetorial em cenários de práticas distintos para que os alunos desenvolvam habilidades necessárias à atuação médica especializada. “Dessa maneira, eles aprendem a atuar em diferentes contextos para a qualificação do cuidado a partir da atenção primária à saúde, visando sempre o paciente enquanto pessoa importante para o êxito do atendimento e tratamento”, diz a gestora.

Conforme a coordenadora de Atenção às Condições de Saúde da SES, Ana Carolina Landgraf, que integra a coordenação pedagógica da especialização, as reeducandas com diagnóstico positivo para a doença são orientadas a iniciarem o tratamento imediatamente, quebrando a cadeia de transmissão. “Elas serão acompanhadas pela equipe de saúde da penitenciária e da Secretaria Municipal de Saúde da cidade. A SES e os alunos do curso de pós-graduação acompanharão o desdobramento das ações”, informa a coordenadora.

Já o Coordenador de Atenção às Doenças Transmissíveis da Secretaria de Atenção Primária em Saúde do Ministério da Saúde, e atual presidente da Sociedade Brasileira de Hansenologia, Claudio Salgado, ressaltou a importância de trabalhos como este serem amplificados para outras penitenciárias e para outras estruturas do estado como escolas, por exemplo.

“O diagnóstico precoce é fundamental para o controle da hanseníase, uma doença crônica, incapacitante e de longa duração. E é importantíssimo que isso seja feito com dignidade, respeitando os preceitos fundamentais da vida e da cidadania, independente de quem esteja sendo examinado”, ressaltou o coordenador.

O tratamento farmacológico da doença é feito com poliquimioterapia única (PQT-U), que associa os medicamentos rifampicina, dapsona e clofazimina. Os remédios são dispensados aos pacientes por meio da Farmácia Especializada.

Além da penitenciária, os alunos realizam aulas práticas em escolas e bairros da baixada cuiabana.

Fonte: http://www.saude.mt.gov.br

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