O promotor de Justiça Marcos Regenold, escolhido para a vaga de desembargador pelo governador Mauro Mendes, como o quinto constitucional, defendeu em entrevista no Jornal da Manhã, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) elaborado pelo Tribunal de Contas (TCE-MT), Ministério Público e Secretaria de Saúde, que estabelece medidas a serem cumpridas pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), a partir de janeiro, quando o Governo do Estado repassa a gestão para a administração do município.
Segundo ele, “isso se deu em decorrência de uma prática anterior da atual gestão, que insistiu em contratar pessoas que são envolvidas em operações. Elas caem em uma operação e retornam para a administração. Caem em outra operação e retornam para a administração de uma forma ou outra. Caem de novo e vem como empresa. Então elas não saem de maneira alguma daquele ciclo administrativo e eu acho que a intenção do TAC foi exatamente evitar isso”, declarou o promotor.
Regenold se colocou como um combatente intransigente da corrupção. “Eu sempre fui intransigente com corrupção. Eu não tolero esse tipo de atitude. Acho a corrupção até uma espécie de crime hediondo, porque ela é tão nociva quanto um homicídio. Você pode praticar um genocídio através da corrupção. Você pode exterminar pessoas em massa através da corrupção. Do mau emprego do dinheiro público”, afirmou o promotor.
Entre os anos de 2013 e 2015, Marcos Regenold atuou no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em ações que resultaram na prisão do ex-governador Silval Barbosa, bem como de ex-deputados estaduais e secretários de Estado. Conforme o promotor, foi por sua atuação no combate aos chamados “crimes de colarinho branco” que ele também virou alvo de perseguição.
“E as funções que eu ocupei no Gaeco foram exatamente nesta época em que passamos a limpo o Estado. Foi uma época em que desvendamos os grandes crimes de colarinho branco. Eu estava lá e como ocorre naturalmente, quando você tem uma atuação proativa, você acaba também recebendo retaliações. Então acredito que essa alcunha de linha dura se deu exatamente por esse combate intransigente à corrupção”, observou Regenold.
fonte: https://odocumento.com.br