Investigador da PC que matou PM dentro de conveniência em Cuiabá será levado a júri popular

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O juiz Wladymir Perri, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, pronunciou o policial civil Mario Wilson Vieira da Silva Gonçalves a júri popular pelo assassinato do policial militar Thiago de Souza Ruiz. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (28) no Diário de Justiça. A data do julgamento ainda será marcada.

O crime aconteceu no dia 27 de abril dentro da conveniência de um posto de combustível em frente à Praça 8 de Abril, em Cuiabá. Na mesma decisão, o magistrado negou a absolvição sumária do policial civil, que alegou legítima defesa.

“Da análise de tudo que foi narrado, considerando a arma utilizada, a quantidade de disparos e os locais em que os ferimentos ocorreram (por exemplo nas costas), o reconhecimento da pretendida exclusão de ilicitude, e consequente absolvição sumária, não se revela adequada nesta fase processual, devendo o dolo da conduta do acusado ser analisado perante o Júri”, afirmou o juiz na decisão.

“Nada impede, todavia, que durante o julgamento popular, haja confirmação da versão dada pela Defesa, porém nesta fase processual deve ser aplicado o princípio in dubio pro societate e não o princípio in dubio pro reo”, acrescentou.

Ainda na mesma decisão, o magistrado também negou soltar o investigador, diante da periculosidade do acusado. “Verifica-se das provas anexadas nos autos, a gravidade dos fatos se revela através da sua forma de execução, mormente a ocorrência de diversos disparos de arma de fogo contra a vítima, e em local público”, escreveu.

“Ademais, o suplicante também disparou aproximadamente nove tiros contra a vítima, em local pública, o que revela a sua periculosidade social, trazendo sentimento de insegurança que só pode ser evitado com a imposição da prisão preventiva”, pontuou.

Morte de PM

O crime foi flagrado por câmeras de segurança do estabelecimento. Pelas imagens é possível ver o investigador e o PM conversando em uma mesa, na companhia de mais um homem. Em dado momento, Thiago levanta a camiseta, aparentemente, para mostrar uma cicatriz em seu corpo. Neste momento, o policial civil pega a arma que estava na cintura do PM.

Um diálogo é iniciado entre ambos e, logo em seguida, a vítima tenta pegar sua arma de volta. Eles iniciam uma briga e acabam caindo ao chão. Em seguida, Mário passa a efetuar alguns disparos. A vítima foi atingida, chegou a ser levada a uma unidade de saúde, nas não resistiu.

Fonte: https://odocumento.com.br

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