Descolado da realidade, Queiroga diz que Bolsonaro “é o maior ativo do enfrentamento à pandemia”

0
Descolado da realidade, Queiroga diz que Bolsonaro “é o maior ativo do enfrentamento à pandemia”

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em tom bajulador, abandonou, definitivamente, o bom senso e rasgou elogios a Jair Bolsonaro, em entrevista publicada nesta sexta-feira (23), em O Globo.

“O presidente é excelente comunicador e tem uma maneira própria de se comunicar com a população brasileira. (…) Ele é excelente comunicador. O presidente é o maior ativo do enfrentamento à pandemia de Covid-19”, disse, por mais fora da realidade que pareça.

Bolsonaro, ao contrário, sempre se notabilizou por não ter a mínima capacidade de se comunicar civilizadamente, seja com a imprensa ou com “a população brasileira”.

Afirmar que “o presidente é o maior ativo do enfrentamento à pandemia da Covid-19” é um verdadeiro escárnio. Desde o início da tragédia do coronavírus, Bolsonaro só atrapalhou e não foi capaz de colocar em prática uma política minimamente eficiente de combate ao avanço da doença.

O neurocientista Miguel Nicolelis chegou a listar os principais erros e omissões de Bolsonaro durante a pandemia: “Não reconheceu a gravidade do problema no início; não se preparou para a primeira onda; não comprou insumos; não proporcionou auxílio emergencial desde o início; propagou o uso de medicamentos não eficazes e tratamento precoce, que não existe; não comprou vacinas suficientes; fez troça da morte das pessoas e, a mais recente, não colocou, no orçamento de 2021, verbas para o combate à pandemia. É uma das piores gestões do mundo”, disse.

É este presidente que o atual ministro da Saúde, aliás o quarto em um ano, certamente um recorde mundial, chama de “o maior ativo do enfrentamento à pandemia de Covid-19”?

CPI do Genocídio

Caso fosse verdade, não seria necessária a implantação da CPI do Genocídio, justamente para apurar todos os escândalos e descasos protagonizados pelo governo do “excelente comunicador”.

Aliás, Queiroga anunciou, nesta sexta, que o Ministério da Saúde está elaborando um protocolo autorizando médicos a receitarem remédios sem eficácia científica comprovada, como ivermectina e cloroquina, no tratamento contra a Covid-19. Mais uma prova da “contribuição” de Bolsonaro no combate a essa doença que já matou mais de 380 mil pessoas no país.

Leia Mais

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário!
Digite seu nome aqui