Demissão na Petrobras constrange Paulo Guedes

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Demissão na Petrobras constrange Paulo Guedes
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05/02/2021 Coletiva à imprensa
(Brasília – DF, 05/02/2021) Ministro de Estado da Economia, Paulo Guedes durante coletiva à imprensa.

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(Brasília – DF, 05/02/2021) Ministro de Estado da Economia, Paulo Guedes durante coletiva à imprensa.

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05/02/2021 Coletiva à imprensa
(Brasília – DF, 05/02/2021) Ministro de Estado da Economia, Paulo Guedes durante coletiva à imprensa.

Foto: Marcos Corrêa/PR
Marcos Corrêa/PR – 05.02.2021

Silêncio do ministro da Economia preocupa setores da política e do mercado. Castello Branco, demitido da Petrobras, é nome da confiança e muito próximo ao ministro. Decisão desbanca Guedes do papel de “Posto Ipiranga” de Bolsonaro.

A madrugada promete ser tensa, em Brasília. Já dura 48h o silêncio do ministro da Economia, que tenta administrar duas recentes decisões do presidente Bolsonaro: a renúncia na arrecadação do imposto federal sobre o diesel e o gás de cozinha e a troca no comando da Petrobrás. Os sinais emitidos pelo presidente reforçam a ideia de que Bolsonaro está decidido a interferir na política de preços dos combustíveis.

A iniciativa também denota que o titular da Economia não é mais o principal conselheiro do presidente – o “Posto Ipiranga” – em questões que impactem a área. O apelido passou a ser utilizado de forma irônica nesta sexta por interlocutores políticos dos dois lados.

A troca na Petrobras desabriga homem da confiança de Paulo Guedes e o substitui por um quadro militar – como é típico das escolhas do presidente, todas as vezes que considera haver uma crise que afeta sua autoridade. O mesmo rito foi adotado nas duas trocas Ministério da Saúde, quando Bolsonaro demitiu dois civis em dissintonia com suas decisões e nomeou um militar.

Desta vez a decisão balança o último pilar civil de sua gestão, desde a saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça. Paulo Guedes teria atuado para evitar a troca na Petrobras. Perdeu mais esta.

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