Relações internacionais vistas de Várzea Grande – MT

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Cada vez mais, os países se tornam interdependentes em várias dimensões da economia, cultura, política, produção intelectual e geração de riquezas. Na medida que o Capitalismo avança, mais e mais são exigidos recursos para o desenvolvimento industrial, tecnológico, farmacológico, alimentício e ambiental em todos os setores. Isso provoca uma relação complexa entre local e global.

Várzea Grande, se insere nesse contexto de influências e relações internacionais. Seja por sua história, com os fluxos migratórios de paraguaios, árabes, japoneses, portugueses, espanhóis, dentre outros, ou com a atual produção cultural e consumo de produtos vendidos aqui, mas fabricadas em outros países. Esse fenômeno não é específico do nosso município, mas também se manifesta nos mais diversos lugares.

O contexto profundo de relações internacionais, possui basicamente três características centrais. Conflitos e tensões, busca por recursos, e produção de riqueza/desenvolvimento. Interesses diversos de países, instauram uma situação de tensões e conflitos, muitas vezes se materializam em intervenções, golpes de estados, conflitos armados e/ou guerras por procuração.


Os recursos, ficam na mira desses interesses, principalmente os minerais de base, terras agricultáveis, mão-de-obra qualificada e consumidores com poder de compra. A relação entre busca por recursos e tensões, conduzem a produção do desenvolvimento e geração de riquezas – compreendidos enquanto viabilidade de qualidade de vida, conforme apontou o economista e engenheiro civil brasileiro Eduardo Moreira (1976).

Acesso à cultura em suas variadas expressões, saneamento básico de qualidade, mobilidade urbana inteligente, saúde e educação com acesso universal, previdência, moradia e alimentação saudável para manutenção da vida são expressões máximas da riqueza dos países.
Milton Santos (1926-2001), apontou que a globalização ensejada a partir dos anos 1990, sob promessa de se popularizar riquezas, na prática gerou misérias e desigualdades entre centros capitalistas e periferias.

Essas condições produtivas de riquezas e desenvolvimento, permitiram que Demétrio
Magnoli (1958), Loretta Napoleoni (1955) e Moniz Bandeira (1935-2017) grandes
pesquisadores(a) e estudiosos(a) das relações internacionais, analisassem profundamente as dinâmicas mundiais e percebessem que os acordos celebrados entre os países, interferem muito
em nosso cotidiano, mas pouco temos parte nessa construção.

Portanto, mais problemático que o controle do governo de um pais em outro, são os interesses que sustentam os establishment das principais potencias mundiais (E.U.A, China, países da U.E). Aqui, ganha centralidade nosso papel de brasileiros(as) e moradores(as) de Várzea Grande, na cobrança e fiscalização do poder público com coerência, responsabilidade e, principalmente, resolutividade.

Professor Jalme Junior, mestre em Geografia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Professor de Geografia na Educação Básica do Estado de Mato Grosso, na E.E. Profº Fernando Leite de Campos em Várzea Grande-MT. Coordenador do grupo de estudo Geografia, Política e Sociedade (GPS). Vice-presidente da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini do Estado de Mato Grosso – Instagran @profjalmej

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