Melancia e Coco verde lideram custo-benefício na venda por atacado, revela boletim do ProHort

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O ProHort é um programa gerenciado em Mato Grosso pela Seaf, em parceria com a Empaer e Prefeitura de Cuiabá

A melancia figura entre os produtos com melhor custo-benefício na Central Atacadista de Cuiabá nesta semana, segundo o boletim de preços do Programa de Modernização do Mercado Hortifrutigranjeiro (ProHort), divulgado pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf/MT) no site da instituição – confira aqui.  O preço mínimo praticado na Central de Abastecimento de Cuiabá (Ceasa-MT) foi de R$ 1,80 por quilo, com valor mais comum de R$ 2,40, e máximo de R$ 2,60. Na sequência, aparece a dúzia do coco verde, entre R$ 32 e R$ 48, e o saco com 18 unidades de laranja, com preços que variam de R$ 48 a R$ 55.

Em Mato Grosso, o levantamento é realizado pela Seaf, Prefeitura de Cuiabá, Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), e Associação dos Permissionários do Terminal Atacadista de Cuiabá (Apetac). O relatório de preços divulgado é utilizado pelos produtores para estipular o preço de venda em conformidade com o valor de mercado a fim de evitar prejuízos. 

Além do acompanhamento semanal, o ProHort consolida relatórios mensais, semestrais e anuais, que consideram fatores como transporte, insumos e logística. “Esse levantamento é essencial para o planejamento da produção e da comercialização. Com os dados, o agricultor familiar evita prejuízos e o consumidor entende a variação dos preços”, destaca a secretária da Seaf, Andreia Fujioka.

Dados da última semana revelam que, entre os itens folhosos, o coentro, a salsa e a cebolinha mantiveram estabilidade: preço mínimo de R$ 8 a dúzia e o mais comum (máximo) de R$ 10. Segundo a economista da Seaf, servidora Bianca Georgia, esses produtos se destacam pela alta procura diária e fidelização dos consumidores. 

Já produtos básicos como cebola, batata-doce e cenoura registraram pequenas oscilações, conforme a economista, com margens seguras para revenda e forte demanda no consumo doméstico. O preço do saco de 20 quilos da cebola nacional, por exemplo, variou entre R$ 35 e R$ 50 nos últimos sete dias, levando em conta o preço mínimo registrado, o valor mais comum cobrado pelos produtores, e o valor máximo registrado.

Entre as verduras, o destaque ficou para as de alto valor nutricional: agrião (R$ 20 a R$ 24 a dúzia), almeirão (R$ 18 a R$ 20) e couve (R$ 18 a R$ 24).

O ProHort foi instituído em 2005 pelo Governo Federal, com adesão de Mato Grosso em 2016. Toda segunda-feira, a Seaf distribui pela manhã as informações de preços para garantir transparência para agricultores. A medida ajuda os produtores de pequena escala a não comercializar os produtos por preço inferior ao de mercado. Os dados também são considerados essenciais pelo agricultor familiar para avaliar a viabilidade econômica da produção, definir estratégias de comercialização, negociar melhores preços com compradores, atender às demandas do mercado e incorporar novas tecnologias e técnicas de produção. 

Relatórios divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Ceasa) mostram que Mato Grosso destaca-se na divulgação dos preços de 68 produtos hortigranjeiros, com constância, periodicidade e precisão. “Em comparação com a tabela nacional, a de Mato Grosso oferece uma análise mais aprofundada dos setores agrícolas. É essencial para quem busca competitividade e assertividade na elaboração de propostas e orçamentos”, destaca o coordenador do ProHort na Seaf, Bosco Maiolino de Mendonça. O servidor executa um metódico e preciso trabalho de atualização e divulgação das tabelas de preços da secretaria. 

Na ponta, o levantamento é feito pelo engenheiro agrônomo da prefeitura, Vanderlei Aparecido dos Santos. Ainda de madrugada, quando os caminhões descarregam os produtos no Terminal Atacadista, no Distrito Industrial, em Cuiabá, ele começa a percorrer os boxes instalados no espaço com aproximadamente 200 produtores comercializando frutas, legumes e verduras. “Durante a semana, coletamos os dados e, aos finais de semana, finalizamos o levantamento. No boletim, informamos o preço mais comum, além dos valores mínimo e máximo praticados no atacado”, explica Vanderlei.

 

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