A situação do abastecimento de água em Várzea Grande atravessa uma crise alarmante que afeta diretamente a qualidade de vida dos munícipes. As dificuldades enfrentadas pelo Departamento de Água e Esgoto (DAE-VG) não podem ser simplesmente atribuídas à gestão anterior; a atual administração precisa assumir a responsabilidade e apresentar soluções viáveis e urgentes.
Equipes do DAE estão trabalhando incessantemente para resolver problemas recorrentes nas Estações de Tratamento de Água (ETAs), mas as manutenções emergenciais são apenas uma resposta paliativa a uma gestão que falhou em planejar e estruturar um sistema hidrossanitário eficaz. A falta de manutenção, o sucateamento da infraestrutura e a ausência de processos administrativos adequados têm gerado uma série de desafios que comprometem a continuidade do abastecimento.
O diretor-presidente do DAE, Sandro Azambuja, reconhece a problemática das licitações vencidas e a necessidade de acelerar processos de compra de materiais e equipamentos. No entanto, essas ações tardias não podem servir como justificativa para a falta de um plano de ação emergencial que garanta a segurança hídrica da população. A paralisia na captação da ETA III (Cristo Rei) e a manutenção na adutora da ETA I demonstram uma falta de estratégia, deixando os moradores em um cenário de incerteza e descontentamento.
A situação mais preocupante é a que envolve bairros como Jardim das Oliveiras, Planalto Ipiranga, Ipanema, Engordador e São João, que estão sofrendo os efeitos do furto da fiação do poço 81, aumentando ainda mais a pressão sobre um sistema já fragilizado. A insegurança não se limita apenas ao fornecimento de água; os ataques criminosos revelam uma infraestrutura vulnerável que carece de vigilância e proteção.
A população de Várzea Grande clama por soluções efetivas e transparência. Não basta relatar problemas; é imprescindível que a gestão atual apresente um plano claro e estruturado para atender às demandas da cidade e dos cidadãos.
“Estamos trabalhando com o máximo de transparência com a população”, afirma o diretor-presidente. Contudo, as palavras devem ser acompanhadas de ações concretas. É urgente que medidas emergenciais sejam implementadas, garantindo que a crise do abastecimento não se amplie.
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